sexta-feira, 17 de julho de 2009

* O valor das boas imagens.


Sei que o mundo está em guerra.
Sei que não está nada fácil olhar para as cenas de degradação e abuso dos seres humanos.
Sou impactada, como você também é, por imagens chocantes que avistam minha alma, minha dignidade e esbofeteiam o meu coração.
Estamos em plena guerra de imagens do horror.
sabemos que estas imagens vão diretamente ser impressas no nosso mundo mental.
Lá elas ficam girando e vibrando em busca de imagens semelhantes no mundo aqui fora.
E, sem querer, sentimos na nossa vibração o batimento da violência, a energia do ódio, o tremor do abandono e da indiferença deste campo de concentração onde estamos todos presos.
Nunca a insónia foi tão forte nos seres humanos.
E quem consegue dormir assistindo, muitas vezes, deitado na cama, ao Jornal da Noite em qualquer canal de televisão nacional ou internacional?
Parece que não temos mais para onde correr.
O mundo está contaminado por fotografias em branco e preto onde a cor que corre nas tramas é a do sangue.
Esse é o maior drama que vivemos! Exemplos sórdidos de imagens degradantes sendo veiculadas por todos os lados diminuindo quando não anulando nossa capacidade inata de criar beleza, imagens positivas e saídas triunfantes para nossos conflitos.
Enquanto a humanidade não entender que o mundo aqui fora é o reflexo do mundo das suas imagens mentais, nada poderá ser feito para pôr um fim nisso.
E precisamos começar imediatamente a mudar nosso filme interno para ver as cenas refletidas no mundo externo. Recuse-se terminantemente a aceitar estas imagens dentro do seu campo eletromagnético.
Não seja mais um cabo que liga os fios da rede conduzindo horror e a miséria humana.
Mude suas cenas internas.
Nunca, jamais durma vendo TV.
Tire o aparelho do seu quarto e ponha no lugar cenas dos espetáculos que a natureza nos dá todos os dias.
Afaste as crianças desta guerra de imagens porque elas vão acabar achando que isso é normal e que essa é a única realidade possível.Fuja das cidades quando puder.
Quanto mais, melhor.
Ande descalço pela praia, na terra.
Abrace o sol, tome chuva no campo, cuide de um pomar ou jardim, mesmo que esteja apenas num pequeno vaso da sua varanda.
E se nada disso for possível então feche os olhos.
Feche os olhos e imagine.
Imagine tudo exatamente ao contrário do que querem fazer você acreditar.
Imagine que caminha por um campo sob um céu azul onde um poderoso sol repousa magnificamente.
Deixe o sol penetrar por todo o seu corpo e sinta que está sendo alimentado(a) pela verdade, pela força, pelos valores firmes e correto.
Insista neste exercício por vários meses, todos os dias, o maior número de vezes que conseguir.
E acredite que existe sim um lugar de paz, beleza, ciclos renováveis, sombra e aconchego. E acima de tudo verdadeiro: e este lugar é junto à natureza.
Vá para este lugar.
Nem que seja em sua imaginação.
Com este ato de reversão você pode contribuir muito para a gigantesca tarefa de ré-fotografar a dignidade humana.